Filosofando sobre as diferentes formas de avaliar uma mesma disfunção

Autoria desconhecida
   Hoje gostaria de filosofar um pouco sobre esta maravilhosa imagem que encontrei na internet outro dia desses, infelizmente de autoria desconhecida. Acredito que nada descreva tão perfeitamente bem a questão do eterno debate de qual melhor tratamento para adotar diante de alguma disfunção ou patologia como esta ilustração.
  Em toda minha trajetória aprendi que para se atingir determinado resultado pode-se utilizar diferentes métodos e estratégias: na química é possível obter determinados produtos com diferentes reações e matérias-prima, na matemática é possível chegar em um número x a partir de diferentes operações entre diferentes números, é possível chegar em determinados lugares percorrendo diferentes ruas, e afinal de contas o que quero dizer com isto? 
  Quero afirmar que na área da saúde e em especial, na Fisioterapia a mesma lógica se aplica. Pegaremos o exemplo ilustrado de uma "simples" dor lombar (que atingirá 80% da população mundial em algum momento da vida segundo a OMS), que pode realmente ter inúmeras possibilidades de causa diante de diferentes formas de raciocínio clínico: hipo ou hipermobilidade articular, desequilíbrio postural, contraturas musculares, disfunções miofasciais, hérnias e protusões discais, alterações fisiológicas em tecidos moles, desgaste articular, alterações energéticas, neoplasias, traumas, e a lista pode se estender até não existirem mais caracteres para poder digitar. 
   No entanto, o mais importante de tudo é pesquisar profundamente o paciente, fazer uma anamnese bem detalhada e aprofundada de forma a entender realmente como resolver a dor deste e compreender que por mais que sejamos especialistas em áreas x ou y, existem outros pontos de vista e existem outras possibilidades a serem estudadas. É preciso entender que é possível tratar o problema do paciente utilizando diferentes abordagens, e está tudo certo contanto que o mesmo melhore.
   Cada indivíduo é único, a dor que um tem não é a mesma que o outro tem, mesmo ambos referindo sinais e sintomas semelhantes, e é para isto que estudamos e nos aprimoramos tanto como profissionais, para identificar as diferentes possibilidades e utilizar diferentes raciocínios clínicos diante dos diversificados casos que surgem em nossos consultórios ou clínicas.

Escrito por: Andressa Oliveira

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